Todo fim de ano é a mesma coisa, a gente fica pensando nas coisas que fez durante o ano que termina, pensa nas coisas que não fez e naquelas coisas que poderia ter feito melhor. Essas analises, funcionam para mim como um filme. Onde o personagem principal nunca tem o tão esperado final feliz. Se é que existe final neste filme.
Em todos os anos, o mês de dezembro sempre me traz uma certa melancolia. Tudo parece muito pesado, as pessoas apressadas, loucas, correndo pra cá e pra lá como se o mundo fosse acabar e não o ano. Sem entender que depois da meia noite do dia 31, vem sempre um primeiro dia, seja de que mês for. O fato é que nada muda se você não mudar. Assim podem se suceder anos e anos sem que nada aconteça de fato. Se as mudanças forem reais, elas podem acontecer a qualquer momento do ano, ou da vida.
Em certas tradições, o ano nem acaba no dia 31 de dezembro. Os maias por exemplo, tem um calendário diferente para cada situação, ao todo são 14 calendários diferentes, alguns com até 296 dias. Para este povo o ano novo acontecia no dia 26 de julho. Para os judeus, a virada do ano acontece no mês de setembro. Para os Egipcios o Ano Novo acontecia quando a estrela Sirios surgia no céu e marcava as grandes cheias do rio Nilo, esta data seria no dia 21 de agosto. Para os celtas o ano termina no dia 30 de abril para o Hemisfério sul e 30 de outubro para o Hemisfério norte. Para os Hindus essa comemoração é no dia 05 de novembro, com o festival das luzes. Para os Incas, no dia 24 de junho.
Enfim, a adoção do calendário Gregoriano, de cunho totalmente cristão, tornou-se unanime. Daí fico pensando nas questões e propostas de ano novo que fazemos. Vejo algumas pessoas ficarem deprimidas e tristes por conta do final do ano. Pensando na vida, nas coisas que fizeram e que não fizeram. A questão que me incomoda é por que esperar para fazer isso nos últimos dias de dezembro? Por que não tomar resoluções mais assertivas e fazer escolhas diferentes em outros dias do ano? Em todos os dias do ano?
Considero importante a ordem que as coisas necessitam para funcionar. Prazos, planos, planilhas, balanços...ok! Uma data comum para organizar estas funções é necessária. Mas penso nas pessoas, nas correrias, nos dramas, nos votos e até mesmo na influencia que esta ideia de fim exerce em algumas pessoas.
Que tal se começássemos um ano novo todos os dias? Se desejássemos um Feliz ano novo a todas as pessoas todos os dias, reforçaríamos a ideia de que podemos mudar nossas vidas a qualquer momento. Basta escolhermos isso. Por que não celebrarmos um Ano novo todo mês? Fazermos uma festa de fogos e champanha todos os meses, nos abraçarmos mais e celebrarmos a esperança e as certezas de dias melhores mais vezes durante o ano.
Essa pode ser uma ideia assustadora para alguns.... mas com certeza, melhoraria os relacionamentos. Afastaria a depressão, e viveríamos mais motivados e animados com a perspectiva do novo. Afinal a esperança de uma vida melhor é algo que deve ser renovado todos os dias.
BeijodaGopi
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